Minhas Mãos

12:56

Nas minhas mãos que eu vi sempre vazias,
Alguém, um dia, leu a minha sorte:
Lutarás, sofrerás até a morte,
Bem dizem tuas mãos brancas e frias.

Eis começado um drama de agonias.
E as minhas mãos, as minhas mãos de um forte,
Mil grilhões rebentaram um transporte,
Jogaram pedras contra as tiranias.

Nunca, inúteis, inermes, vis, pararam.
E se abençoaram com ternura infinda,
Foram tremendas quando castigaram.

E haveis de vê-las, para o meu conforto,
Hirtas, crispadas sobre o peito, e, ainda,
Esmagando ideias num peito morto... 

You Might Also Like

0 comentários

Pesquisar