ANTENA
15:59Abro os olhos na noite calma e enorme,
Escancáro ao silencio os meus ouvidos.
E a alma da noite imensa e multiforme
Penetra em mim por todos os sentidos.
As estrêlas procuram-se. Não dorme
Quem ama. Ha ansia de haustos incontidos
Na noite. E arqueja, e esvai-se a massa informe
Das nuvens-flócos pelo cêu perdidos.
Arvores jogam para a altura os braços
Na loucura de ampléxos protervos...
Ouço a cadencia triste dos meus passos...
E. assim, na noite calma e sepulcral,
Eu conduzo no célebro e nos nervos
A imensidão do amôr universal...
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